Sempre acreditei: “não basta ser PAI. Tem que participar!” Pois já que comecei com a história, polêmica e discussão... Vou ser o primeiro a, de forma respeitosa e humilde, sugerir algumas alternativas para oferecermos um turismo de verdade na praia. Alternativas pra quem gosta de MODERADAMENTE beber e se divertir num clima propicio a isso, SEM DIRIGIR. A lei diz: TOLERÂNCIA ZERO ao álcool e direção. Mas a bebida tá ali... na beira da estrada no litoral gaúcho!!! Nada contra as casa noturnas que ali estão! São bonitas e estruturadas internamente... Nada contra quem permitiu isso, pois motivos econômicos e estruturais devem ter norteado as permissões e alvarás.
MAS TUDO CONTRA EM NÃO SE OFERECER ALTERNATIVAS DADA A SITUAÇÃO APRESENTADA!
Isso não é turismo... Assim fica difícil acreditar no Brasil como país do futuro, do turismo, da copa, da olimpíada... Assim não se faz um país, deixando tudo como está! É Preguiça!!!
Aê estão algumas sugestões. Simples ou complexas... São sugestões que podem ajudar se tivermos boa vontade, ou acima de tudo, vontade de, a partir delas, podermos aprimorar ou criar novas sugestões para amenizar o problema detectado, oferecendo opções para o nosso próprio conforto.
1 – PRIMEIRA DE TODAS: Concordo!!! CONSCIENTIZAÇÃO! Não pare de beber se você gosta, mas faça de forma moderada e procure alternativas para sair e beber sem dirigir! Taxi, carona, bus, a pé... Alternativas para fazer o que você gosta e tem direito de consumir, sem prejudicar ninguém! Então... Sugestão inicial é sempre “SE BEBER NÃO DIRIJA”!!! Mesmo que seja uma única vez na vida...você já tá correndo e proporcionando riscos!
2 – TAXI: Capão, Atlântida e Xangri-la tem uma frota pequena de táxis. Normal, pois a cidade tem uma população bem menor do que a de veranistas que invadem a praia no período de festas, natal e reveillon.
2.1 – Criar uma central de rádio TELE-TAXI. Fone único ligado a secretaria de turismo ou empresa pública de transporte e circulação. Importante ter o apoio e subsídio da prefeitura na aquisição de aparelhos de rádio para os veículos e demais estruturas, como central telefônica, RH e outras para o funcionamento, sem onerar os motoristas. Lembrando que os trabalhadores estão prestando um serviço de grande importância para sociedade, evitando risco do álcool e direção, por isso devem ter o apoio do governo, principal interessado no bem estar da população e dos turistas.
2.2 – Após a criação da central TELE TAXI no litoral... Divulgação do número. Outdoor, lista telefônica, panfletagem e confecção de “Imã de geladeira” são peças que podem ser utilizadas para tornar público o serviço. Os “imãs” são bem eficientes nas residências, tanto para registro nos aparelhos celulares, quanto para a consulta naqueles “churrasquinhos” de família, onde quem bebeu, por exemplo, precisa voltar para Araçá (bairro de Capão) sem usar o carro. Não é só pra balada que o Táxi é útil!
2.3 – Criação de frota de Táxis temporários. Se a frota é pequena e o povo local na praia precisa faturar com o turismo nessa época... Por que não unir o útil ao agradável? Abrir seleção para veículos de moradores locais que possam na madrugada prestar este serviço. Todos ligados a essa central de tele-táxi com aparelhos disponibilizados em comodato. Durante este período os moradores locais podem faturar um dinheiro extra e prestar este importante serviço, evitando a sobrecarga no sistema. Tudo muito bem fiscalizado pelo poder público, desde a seleção até as condições de transporte e adequação do veículo.
2.4 – Tabela especial para Táxis na madrugada no litoral. Procurando estimular o uso deste meio de transporte, a prefeitura pode incentivar o uso através de uma tabela especial neste horário. Preços fechados para deslocamento entre praias (muitas tem outro nome, mas pertencem ao município de Capão) e preços mais baratos na madrugada para estimular o uso. O incentivo pode ser na redução de impostos e taxas para quem presta este serviço “na-ma-dru-gaaahhh”.
3 – Frota de ônibus municipal na madrugada, em especial, no reveillon. Neste período temos mais pessoas em deslocamento para festas, seja em casa ou em boates. Neste dia, em especial, temos uma programação intensa nas casas noturnas na beira da estrada do mar e na avenida central de Atlântida. O itinerário visa evitar que as pessoas que desejam freqüentar estas casas ou queiram se deslocar de outras praias pertencentes ao município (Exemplo Capão – Arroio Teixeira) usem o carro pra isso. Além da alternativa para se beber moderadamente no reveillon (o que é comum e não é ilegal), podemos facilitar o trânsito na região, que tende sempre ao caos pelo volume fora da normalidade no período.
4 – Criação de frota de ônibus periódica para a zona de casas noturnas (estradas e Atlântida). Este serviço pode emanar da parceria entre governo e iniciativa privada. Frota só atenderá esta localidade em determinados dias e horários. Com itinerário fixo. Das casas noturnas ao centro e a rodoviária. Destinos finais onde se concentram táxis, outros ônibus para outras praias e também servem de referência para que pais possam buscar seus filhos sem usar a estrada. Ou em certos casos uma boa caminhada a partir destes pontos finais podem ajudar. Ali sim temos calçadas e iluminação pública, diferente da estrada do mar, local impróprio para o trânsito de pedestres. A parceria com empresas privadas visa não onerar a prefeitura por completo. Empresas como a Vonpar (distribuidora de bebidas) podem patrocinar este veículos. Um verdadeiro Outdoor ambulante, não de cervejas estimulando o consumo, mas sim de refrigerantes e água (Saúde). Além da divulgação para empresa patrocinadora, descontos nos impostos dessas distribuidoras e empresas que se interessem em participar deste serviço são incentivos interessantes. O serviço ajuda e muito como vimos na iniciativa do 3º setor, ONG Vida Urgente, que por alguns anos ofereceu um serviço semelhante. A mesma parceria/iniciativa pode e deve ter a participação das casas noturnas da região.
5 – Frota de Vans disponibilizada pelas próprias casas noturnas do litoral. Já que oferecem bebidas e investem no conforto de seus clientes, que continuem o processo oferecendo uma opção pra quem escolheu a sua casa e busca consumir de forma moderada e consciente os produtos que a mesma oferece. Assim como grandes cassinos e boates no exterior fazem. Assim se faz turismo forte, com empresas fortes que buscam excelência em seus produtos e serviços.
Varias outras sugestões podem emanar deste simples exercício de identificar um problema e pensar soluções para o mesmo. Faça você também este exercício. Não se entregue a mesmice, à falta de criatividade e, acima de tudo, a preguiça de alguns governantes, empresários e da sociedade como um todo. Vamos buscar opções para o nosso conforto e segurança! Vamos pensar!!! Penso... Logo existo (Descartes)
Atenciosamente Luiz Gustavo de Paris Ferreira - BIVIS
Se dirigir não beba! Acredite nisso... eu estou acreditando... e mudando minha vida!
PS> De brinde pra quem leu... mais erros de "portuguiezzzz"! Foi mal...
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Em defesa da tragédia e da hipocrisia...
Em defesa da tragédia e da hipocrisia...
Primeiro JUSTIFICO. Sinto-me obrigado a esclarecer alguns fatos ocorridos no programa cafezinho do dia 06 de janeiro de 2010. Eu, Luiz Gustavo de Paris Ferreira, vulgo BIVIS fui crucificado por muitos ouvintes e por alguns colegas por exposições sobre assunto bebida e direção. Em minha opinião, vários pontos foram distorcidos...
1 – Não prego e nem defendo Álcool e Direção! Em nenhum momento usei argumentos justificando que o que fiz foi certo. Não fiquei alcoolizado, nem tenho historia de acidentes sobre, mas reconheço a imprudência e assumo que não foi a primeira vez. Neste aspecto sou um idiota! CONCORDO COM O ARTHUR DE FARIA. Embora o mesmo tenha julgado apenas a mim. De forma “justa”, outros que ali confessaram o ato de beber, beber alternando com refrigerante ou beber até achar “que tá na hora de parar” tenham passado em “branco” no julgamento do “mestre” Arthur. Tudo bem. Faz parte... a parcialidade no julgamento dos outros. Mas daí a dizer que fiz campanha pra isso...nunca! Servir de exemplo para os jovens é atribuir a minha honestidade um peso que ela não tem. Não disse que sou ou fui exemplo de moral pra ninguém! Penso que como comunicador tenho obrigação de falar a verdade e assim tentei me comportar. Para servir de exemplo, ser for o caso, assumo meus erros, como já fiz outras vezes. Sendo assim... POR ESTE ATO... HUMILDEMENTE PEÇO PERDÃO A TODA SOCIEDADE por assumir que nesta oportunidade bebi e dirigi! Disse nesta oportunidade, pois não é uma constante, quem convive comigo pode relatar das vezes que me utilizei de carona e taxi!
2- Foi condenado injustamente... minha opinião, porque contrariando uma parte dos comunicadores da rádio fui honesto em demasia. Acredito que honestidade nunca é em demasia! Apenas respondi uma pergunta que poderia muito bem não ser respondida! Ao ser questionado por uma ouvinte no MSN se eu teria bebido antes de me deslocar para o evento que descrevi. Respondi simplesmente que sim! Diferente de muitos, que fazem campanha disso ou daquilo reconheci publicamente meu erro. Sou humano e tenho vida pessoal que sempre foi dividida no ar. O fato de ter uma apelido público e trabalhar num veículo de comunicação não me torna um “super-homem”, e se fiz e assim me permitirem assumo erros e atos. Se precisar dizer a verdade, sempre vou optar por isso! Mesmo que como hoje possa me custar o emprego. Apenas fui sincero, se vocês não estão acostumados com esse tipo de comunicador, só tenho a lamentar. Não vou mudar... acostumem-se.
3 – Meu ponto de vista foi de um simples “ser” que pensa. Por observação e raciocínio pude perceber a falta de estrutura nas estradas e praias do RS. Todos sabem que no reveillion se concentram muitas pessoas nas principais praias do litoral. E que nestas praias estão as principais e maiores casa noturnas do litoral, em especial nas proximidades de Capão e Atlântida ao lado da estrada do mar. Pois o reveillion é época de festas e o consumo de álcool se eleva. Longe de mim julgar esta tradição. É apenas uma constatação. Vamos pensar de forma simples e quase matemática. Boa parte busca a diversão através de festas, onde se bebe e as vezes... muito. Boa parte, ou pelo menos um percentual, se desloca para estas boates, que chegam a receber milhares de jovens. A pouco no Brasil uma lei proibiu a venda de bebidas alcoólicas nas estradas. Minha única pergunta é: POR QUE EM VARIAS CIDADES E ESTRADAS OS POSTOS DE GASOLINA ESTÃO PROIBIDOS DE COMERCIALIZAR (Lei federal) OU CONSUMIR (ao exemplo da Lei municipal de POA) AS BEBIDAS E ESTAS BOATES PODEM?!
Embora a lei fale das estradas federais. Porque em meio a tantas campanhas publicitárias e pedidos de fiscalização mais rígida, uma boate ou casa noturna contraria todo um raciocínio e apelo?
LEI FEDERAL - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI6314-15228,00-LULA+SANCIONA+LEI+QUE+PROIBE+VENDA+DE+ALCOOL+NAS+ESTRADAS.html
LEI MUNICIPAL - http://www.canoinhas.net/noticias/9503-prefeituradeportoalegreprouconsumodeuoolempostos.pdf
FOI APENAS ESSE RACIOCINIO QUE LEVANTEI! Não busquei me eximir de responsabilidade nenhuma e muito menos me fazer de herói, “bom moço”, dono da verdade só queria saber porque?! Já relatei inúmeras vezes no programa como funcionam a lei e a fiscalização nos Estados Unidos, especificamente no estado Califórnia. Acredito que a lei rígida e muito bem imposta seja um dos motivos do seu êxito. Embora não evite o acidente, ela coíbe com eficácia, basta ver os números e constatar como eu o comportamento do povo americano. ACREDITO NA CONSCIENTIZAÇÃO E NA EDUCAÇÃO... porém minha experiência no país estrangeiro só me provou apenas uma coisa. QUE A LEI E A FISCALIZAÇÃO AJUDAM E MUITO NA PREVENÇÃO!!! Meu colega Barth Lopes citou a consciência como guia, concordo, porém afirmo que somente ela não resolveu o problema americano onde a educação é destacadamente mais elevada (pelo menos no quesito investimento e estrutura). A lei e a fiscalização jamais deixaram de ser uma ferramenta preventiva aqui ou em qualquer outro país. Voltando ao ponto inicial, apenas observei uma “brecha”, uma escape na lei que permite que a poucos metros de uma rodovia seja ela federal ou estadual se compre e beba álcool.
5 – A falta de estrutura do transporte público no litoral foi referida pela minha pessoa como mais uma das incoerências dessa forma de pensar. NÃO JUSTIFICO QUALQUER CONSUMO DE ALCOOL E USO DO VOLANTE PELA FALTA DE ESTRUTURA! Apenas cito a dificuldade de deslocamento como uma agravante. Pois do mesmo jeito que tem gente que não bebe em festas, não gosta de boate, não gosta de festa em si; temos o livre arbítrio, pessoas que gostam de boates, festas e de preferência com bebida, “droga” legalizada! Não sou umas delas, não fui a nenhuma dessas boates, mas reconheço o direito que estas pessoas têm de freqüentarem estes espaços. Por que não disponibilizar transportes especiais e que consigam atender a demanda deste público, em especial nesta temporada. O número de taxis não é o suficiente para atender a demanda e afirmo, como no meu caso, que tenho dois amigos que não dirigem. Como posso arrumar carona sempre que desejar. Ressalto ainda que ir a pé não é aconselhável, pois se a boate está na beira da estrada, como podemos caminhar com segurança sem iluminação, calçada e visibilidade dos pedestre. TÔ LOCO ENTÃO! Não ir à boate é minha única solução! Como disse o Mauro...que seja então! Mas ainda acho que não resolvemos o problema.
6 - Nos estádios de futebol, se fizeram inúmeras campanhas contra a violência. Não foram raras as campanhas e também as cenas de agressão e pancadaria. Só a consciência não bastou, até que por lei se baniu a bebida por completo nos estádios brasileiros. Sem essa “de esse pode aquele não”, sem essa de “eu tenho consciência, não sou chinelão”. Proibiu e pronto, mesmo assim ainda assistimos a cenas como a da última rodada brasileiro 2009 no Paraná. Mesmo com a lei e a fiscalização nada é garantido, mas que os números da Lei seca nas estradas e nos estádios fizeram efeitos isso é inegável!
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL768986-5598,00-APOS+MESES+DE+LEI+SECA+NUMERO+DE+ACIDENTES+FATAIS+TEM+QUEDA+DE+DIZ+PRF.html
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/12/10/lei-seca-numero-de-vitimas-de-acidentes-registrou-queda-de-29-4-em-novembro-915143430.asp
http://cruzeiro.org/blog/estadios-sobrios-e-magros/
Só a consciência pode ser falha dentro do sistema. Frente a tentação... somos humanos! Não quero apelar pra esse raciocínio, mas sou obrigado, muitos de nós sem alternativas e decididamente seduzidos pelos “prazeres de vida” somos atirados ao pecado e ao erro mortal das estradas nestes períodos de festas! E AÍ VEM MINHA PROFUNDA TRISTEZA E INDIGNAÇÃO...
Meu exercício de reflexão foi para muitos um pecado. Perceber o mundo em que vivo, suas nuances e diferentes características me custaram caro. Não vivo num “mundo de faz de contas”! Reportei apenas o que percebi, sem mascaras, recortes e fantasias de um “idealismo alucinógeno”. As coisas e as situações acontecem na rua e tem de ser pensadas e analisadas doa a quem doer. Ser honesto e fugir da hipocrisia me fizeram mal. Me fez ser na frente de muitos, por incrível que pareça, desonesto e criminoso. Por refletir sobre os meus atos errados e de muitos outros, que não tiveram a coragem de assumir; e, acima de tudo, refletir como poderia evitá-los, paguei um alto preço ao sugerir medidas mais eficazes contra esta situação e também responder honestamente uma simples pergunta de uma ouvinte.
Hoje vi meu direito de pensar e ser honesto... morrer. Como futuro jornalista sinto que só devo reportar o que já aconteceu e ponto final com exclamação! Uma vez me disseram que o jornalismo era investigativo por natureza e que a grande reportagem mostra a realidade, um fato, que ninguém ou poucos conseguem ver. Toda esta forma de pensar me veio à tona ao assistir uma entrevista do governador do Rio, Sérgio Cabral, falando sobre intensificação da fiscalização de obras residenciais junto aos morros espalhados pela cidade e litoral do estado. Sim! Este discurso após uma tragédia que todos nós já cansamos de assistir nos jornais. Todo ano! Todo ano alguma favela desaba no Rio. E ano após ano se constrói nestas áreas. É preciso algo cair, bater, explodir pra alguém vir com remédio no lugar da prevenção?! É preciso alguém bater na frente ou na saída destas boates do litoral pra virar manchete?! E ainda no texto da notícia, algum jornalista “gênio” dizer que era incrível como uma boate que vende bebidas alcoólicas pode estar situado na beira de uma estrada. Isso se a boate não for anunciante do veículo! “Aê ferrou de vez”! E mais ainda... obviamente ele não fará uma análise da realidade baseada em alguma experiência sua, afinal de contas, jornalista nenhum jamais bebeu e dirigiu neste mundo. ELES SÃO PERFEITOS... PELO MENOS A GRANDE MAIORIA VAI DIZER QUE É! E VOCÊ É OBRIGADO A ACREDITAR! Noticiar uma tragédia hoje vale muito, denunciar uma possível tragédia não é tão interessante. Paranóia! Exagero! Invenção... é um crime! Ser honesto é mais ainda!
Luiz Gustavo de Paris Ferreira - BIVIS
Mais um vez perdão pelo ato... mas nunca pela coragem (para muitos imbecilidade) de assumir meu erro!
Continuo acreditando... SE BEBER... pouco, com refri, até a hora da tontura... não importa... NÃO DIRIJA!!!
Primeiro JUSTIFICO. Sinto-me obrigado a esclarecer alguns fatos ocorridos no programa cafezinho do dia 06 de janeiro de 2010. Eu, Luiz Gustavo de Paris Ferreira, vulgo BIVIS fui crucificado por muitos ouvintes e por alguns colegas por exposições sobre assunto bebida e direção. Em minha opinião, vários pontos foram distorcidos...
1 – Não prego e nem defendo Álcool e Direção! Em nenhum momento usei argumentos justificando que o que fiz foi certo. Não fiquei alcoolizado, nem tenho historia de acidentes sobre, mas reconheço a imprudência e assumo que não foi a primeira vez. Neste aspecto sou um idiota! CONCORDO COM O ARTHUR DE FARIA. Embora o mesmo tenha julgado apenas a mim. De forma “justa”, outros que ali confessaram o ato de beber, beber alternando com refrigerante ou beber até achar “que tá na hora de parar” tenham passado em “branco” no julgamento do “mestre” Arthur. Tudo bem. Faz parte... a parcialidade no julgamento dos outros. Mas daí a dizer que fiz campanha pra isso...nunca! Servir de exemplo para os jovens é atribuir a minha honestidade um peso que ela não tem. Não disse que sou ou fui exemplo de moral pra ninguém! Penso que como comunicador tenho obrigação de falar a verdade e assim tentei me comportar. Para servir de exemplo, ser for o caso, assumo meus erros, como já fiz outras vezes. Sendo assim... POR ESTE ATO... HUMILDEMENTE PEÇO PERDÃO A TODA SOCIEDADE por assumir que nesta oportunidade bebi e dirigi! Disse nesta oportunidade, pois não é uma constante, quem convive comigo pode relatar das vezes que me utilizei de carona e taxi!
2- Foi condenado injustamente... minha opinião, porque contrariando uma parte dos comunicadores da rádio fui honesto em demasia. Acredito que honestidade nunca é em demasia! Apenas respondi uma pergunta que poderia muito bem não ser respondida! Ao ser questionado por uma ouvinte no MSN se eu teria bebido antes de me deslocar para o evento que descrevi. Respondi simplesmente que sim! Diferente de muitos, que fazem campanha disso ou daquilo reconheci publicamente meu erro. Sou humano e tenho vida pessoal que sempre foi dividida no ar. O fato de ter uma apelido público e trabalhar num veículo de comunicação não me torna um “super-homem”, e se fiz e assim me permitirem assumo erros e atos. Se precisar dizer a verdade, sempre vou optar por isso! Mesmo que como hoje possa me custar o emprego. Apenas fui sincero, se vocês não estão acostumados com esse tipo de comunicador, só tenho a lamentar. Não vou mudar... acostumem-se.
3 – Meu ponto de vista foi de um simples “ser” que pensa. Por observação e raciocínio pude perceber a falta de estrutura nas estradas e praias do RS. Todos sabem que no reveillion se concentram muitas pessoas nas principais praias do litoral. E que nestas praias estão as principais e maiores casa noturnas do litoral, em especial nas proximidades de Capão e Atlântida ao lado da estrada do mar. Pois o reveillion é época de festas e o consumo de álcool se eleva. Longe de mim julgar esta tradição. É apenas uma constatação. Vamos pensar de forma simples e quase matemática. Boa parte busca a diversão através de festas, onde se bebe e as vezes... muito. Boa parte, ou pelo menos um percentual, se desloca para estas boates, que chegam a receber milhares de jovens. A pouco no Brasil uma lei proibiu a venda de bebidas alcoólicas nas estradas. Minha única pergunta é: POR QUE EM VARIAS CIDADES E ESTRADAS OS POSTOS DE GASOLINA ESTÃO PROIBIDOS DE COMERCIALIZAR (Lei federal) OU CONSUMIR (ao exemplo da Lei municipal de POA) AS BEBIDAS E ESTAS BOATES PODEM?!
Embora a lei fale das estradas federais. Porque em meio a tantas campanhas publicitárias e pedidos de fiscalização mais rígida, uma boate ou casa noturna contraria todo um raciocínio e apelo?
LEI FEDERAL - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI6314-15228,00-LULA+SANCIONA+LEI+QUE+PROIBE+VENDA+DE+ALCOOL+NAS+ESTRADAS.html
LEI MUNICIPAL - http://www.canoinhas.net/noticias/9503-prefeituradeportoalegreprouconsumodeuoolempostos.pdf
FOI APENAS ESSE RACIOCINIO QUE LEVANTEI! Não busquei me eximir de responsabilidade nenhuma e muito menos me fazer de herói, “bom moço”, dono da verdade só queria saber porque?! Já relatei inúmeras vezes no programa como funcionam a lei e a fiscalização nos Estados Unidos, especificamente no estado Califórnia. Acredito que a lei rígida e muito bem imposta seja um dos motivos do seu êxito. Embora não evite o acidente, ela coíbe com eficácia, basta ver os números e constatar como eu o comportamento do povo americano. ACREDITO NA CONSCIENTIZAÇÃO E NA EDUCAÇÃO... porém minha experiência no país estrangeiro só me provou apenas uma coisa. QUE A LEI E A FISCALIZAÇÃO AJUDAM E MUITO NA PREVENÇÃO!!! Meu colega Barth Lopes citou a consciência como guia, concordo, porém afirmo que somente ela não resolveu o problema americano onde a educação é destacadamente mais elevada (pelo menos no quesito investimento e estrutura). A lei e a fiscalização jamais deixaram de ser uma ferramenta preventiva aqui ou em qualquer outro país. Voltando ao ponto inicial, apenas observei uma “brecha”, uma escape na lei que permite que a poucos metros de uma rodovia seja ela federal ou estadual se compre e beba álcool.
5 – A falta de estrutura do transporte público no litoral foi referida pela minha pessoa como mais uma das incoerências dessa forma de pensar. NÃO JUSTIFICO QUALQUER CONSUMO DE ALCOOL E USO DO VOLANTE PELA FALTA DE ESTRUTURA! Apenas cito a dificuldade de deslocamento como uma agravante. Pois do mesmo jeito que tem gente que não bebe em festas, não gosta de boate, não gosta de festa em si; temos o livre arbítrio, pessoas que gostam de boates, festas e de preferência com bebida, “droga” legalizada! Não sou umas delas, não fui a nenhuma dessas boates, mas reconheço o direito que estas pessoas têm de freqüentarem estes espaços. Por que não disponibilizar transportes especiais e que consigam atender a demanda deste público, em especial nesta temporada. O número de taxis não é o suficiente para atender a demanda e afirmo, como no meu caso, que tenho dois amigos que não dirigem. Como posso arrumar carona sempre que desejar. Ressalto ainda que ir a pé não é aconselhável, pois se a boate está na beira da estrada, como podemos caminhar com segurança sem iluminação, calçada e visibilidade dos pedestre. TÔ LOCO ENTÃO! Não ir à boate é minha única solução! Como disse o Mauro...que seja então! Mas ainda acho que não resolvemos o problema.
6 - Nos estádios de futebol, se fizeram inúmeras campanhas contra a violência. Não foram raras as campanhas e também as cenas de agressão e pancadaria. Só a consciência não bastou, até que por lei se baniu a bebida por completo nos estádios brasileiros. Sem essa “de esse pode aquele não”, sem essa de “eu tenho consciência, não sou chinelão”. Proibiu e pronto, mesmo assim ainda assistimos a cenas como a da última rodada brasileiro 2009 no Paraná. Mesmo com a lei e a fiscalização nada é garantido, mas que os números da Lei seca nas estradas e nos estádios fizeram efeitos isso é inegável!
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL768986-5598,00-APOS+MESES+DE+LEI+SECA+NUMERO+DE+ACIDENTES+FATAIS+TEM+QUEDA+DE+DIZ+PRF.html
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/12/10/lei-seca-numero-de-vitimas-de-acidentes-registrou-queda-de-29-4-em-novembro-915143430.asp
http://cruzeiro.org/blog/estadios-sobrios-e-magros/
Só a consciência pode ser falha dentro do sistema. Frente a tentação... somos humanos! Não quero apelar pra esse raciocínio, mas sou obrigado, muitos de nós sem alternativas e decididamente seduzidos pelos “prazeres de vida” somos atirados ao pecado e ao erro mortal das estradas nestes períodos de festas! E AÍ VEM MINHA PROFUNDA TRISTEZA E INDIGNAÇÃO...
Meu exercício de reflexão foi para muitos um pecado. Perceber o mundo em que vivo, suas nuances e diferentes características me custaram caro. Não vivo num “mundo de faz de contas”! Reportei apenas o que percebi, sem mascaras, recortes e fantasias de um “idealismo alucinógeno”. As coisas e as situações acontecem na rua e tem de ser pensadas e analisadas doa a quem doer. Ser honesto e fugir da hipocrisia me fizeram mal. Me fez ser na frente de muitos, por incrível que pareça, desonesto e criminoso. Por refletir sobre os meus atos errados e de muitos outros, que não tiveram a coragem de assumir; e, acima de tudo, refletir como poderia evitá-los, paguei um alto preço ao sugerir medidas mais eficazes contra esta situação e também responder honestamente uma simples pergunta de uma ouvinte.
Hoje vi meu direito de pensar e ser honesto... morrer. Como futuro jornalista sinto que só devo reportar o que já aconteceu e ponto final com exclamação! Uma vez me disseram que o jornalismo era investigativo por natureza e que a grande reportagem mostra a realidade, um fato, que ninguém ou poucos conseguem ver. Toda esta forma de pensar me veio à tona ao assistir uma entrevista do governador do Rio, Sérgio Cabral, falando sobre intensificação da fiscalização de obras residenciais junto aos morros espalhados pela cidade e litoral do estado. Sim! Este discurso após uma tragédia que todos nós já cansamos de assistir nos jornais. Todo ano! Todo ano alguma favela desaba no Rio. E ano após ano se constrói nestas áreas. É preciso algo cair, bater, explodir pra alguém vir com remédio no lugar da prevenção?! É preciso alguém bater na frente ou na saída destas boates do litoral pra virar manchete?! E ainda no texto da notícia, algum jornalista “gênio” dizer que era incrível como uma boate que vende bebidas alcoólicas pode estar situado na beira de uma estrada. Isso se a boate não for anunciante do veículo! “Aê ferrou de vez”! E mais ainda... obviamente ele não fará uma análise da realidade baseada em alguma experiência sua, afinal de contas, jornalista nenhum jamais bebeu e dirigiu neste mundo. ELES SÃO PERFEITOS... PELO MENOS A GRANDE MAIORIA VAI DIZER QUE É! E VOCÊ É OBRIGADO A ACREDITAR! Noticiar uma tragédia hoje vale muito, denunciar uma possível tragédia não é tão interessante. Paranóia! Exagero! Invenção... é um crime! Ser honesto é mais ainda!
Luiz Gustavo de Paris Ferreira - BIVIS
Mais um vez perdão pelo ato... mas nunca pela coragem (para muitos imbecilidade) de assumir meu erro!
Continuo acreditando... SE BEBER... pouco, com refri, até a hora da tontura... não importa... NÃO DIRIJA!!!
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